Student Research Reports

View Research Report

A crescente preocupação com as mudanças climáticas globais impulsionou a busca por soluções sustentáveis para reduzir as emissões de CO2 e combater doenças transmitidas por vetores, como as arboviroses. Neste contexto, este estudo concentrou-se no isolamento e crescimento de uma microalga amazônica, visando explorar seu potencial na redução de CO2 e controle de arboviroses. Além disso, a pesquisa investigou sua eficácia como possível larvicida e remediadora de gases do efeito estufa. Utilizando dados do protocolo Mosquito Habitat Mapper e do protocolo de nuvens do programa GLOBE no município de Pinheiro (Maranhão, Brasil), foram identificados padrões climáticos favoráveis à proliferação do mosquito, prevenindo períodos de maior risco de incidência de arboviroses. O estudo iniciou-se com a seleção e caracterização taxonômica da microalga, seguida pela avaliação de seu crescimento e produção de biomassa em condições de cultivo. Observou-se que a Chlorella vulgaris apresentou um rápido tempo de duplicação de menos de um dia e uma taxa de crescimento significativa de 1,05 Div.dia-1, alcançando uma alta densidade celular máxima em meio BBM. A análise da biomassa revelou valores promissores para concentrações de proteína bruta, potencial antioxidante e ésteres metílicos de ácidos graxos, sugerindo um potencial larvicida natural contra mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, vetor de arboviroses como dengue, chikungunya e Zika. As observações climáticas realizadas no Maranhão, entre abril de 2023 e março de 2024, mostraram uma associação entre o aumento de casos de arboviroses e o período chuvoso, destacando a importância do Mosquito Habitat Mapper na prevenção de futuras epidemias. Os resultados indicam que as microalgas, como a Chlorella vulgaris, possuem um potencial significativo como aliadas na redução de CO2 e controle de arboviroses, oferecendo uma abordagem sustentável e eficaz para enfrentar desafios ambientais e de saúde pública. Este estudo destaca a relevância de explorar novas estratégias baseadas na biodiversidade amazônica para lidar com problemas globais emergentes, como as mudanças climáticas e as doenças transmitidas por vetores.